Coordenada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente (CAOA), a operação Mata Atlântica em Pé 2024 vai deflagrar, neste ano, os pontos de desmatamento ilegal na região do Caparaó. Esta edição ganha força com a nova Central de Monitoramento de Florestas (CMF), do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), que identificou 116 pontos de áreas desmatadas ilegalmente.
Fruto de investimentos do Governo do Estado e de recurso financeiro do MPES, por meio do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) da 2ª Promotoria de Justiça Cível de Guarapari, a Central de Monitoramento de Florestas dispõe de tecnologia de ponta e sistemas modernos que permitem o acompanhamento em tempo ágil de qualquer mudança na vegetação do Espírito Santo, facilitando a identificação dos pontos de desmate e os infratores, dando celeridade aos processos.
O diretor-geral do Idaf, Leonardo Monteiro, frisou que os especialistas que atuam na Central conseguiram levantar os dados para a Operação em apenas 16 horas. “Com dois dias, já tínhamos os dados e apresentamos os pontos de desmatamento ilegal já mapeados. Esse trabalho que estamos fazendo aqui no Espírito Santo não acontece em nenhum outro estado”, pontuou.
Monteiro explicou ainda sobre o trabalho que está sendo feito após a identificação dos pontos de desmatamento ilegal. “A equipe do Idaf está atuando nos municípios que são objeto da Operação. São técnicos extremamente compromissados que estão a campo e que vão fazer cumprir o que determina as leis de proteção às florestas. Os infratores serão penalizados na esfera na administrativa e terão que recuperar o dano causado ao meio ambiente”, disse.
Mata Atlântica em Pé 2024
A operação teve início na tarde dessa segunda-feira (09), em Ibitirama, e vai até o dia 20 de setembro, período necessário para a fiscalização de todos os alertas de desmatamentos mapeados pelo Idaf. Também participam da Operação o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA); o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema); o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh); o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de uma aeronave do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer).
A dirigente do CAOA do MPES, a promotora de Justiça Bruna Legora de Paula Fernandes, que esteve em Ibitirama para a deflagração da operação, explicou como será a atuação do MPES, após os trabalhos de campo: “Uma vez autuados os proprietários das áreas desmatadas, as áreas serão embargadas e os proprietários serão multados. Toda a documentação será enviada aos promotores de Justiça que atuam nos municípios onde as fiscalizações foram realizadas, para buscarem a efetiva reparação civil dessas áreas degradadas”.
Após a conclusão da Operação, o MPES e os demais órgãos de fiscalização ambiental apresentarão os resultados em uma coletiva de imprensa no dia 30 de setembro, às 10h, na Procuradoria-Geral de Justiça, em Vitória.
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